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Cidadania se aprende… e reaprende!

O post de hoje é de autoria de Giovana Perlin*

Minha filha, de 13 anos, estava conversando com uma amiguinha, enquanto faziam algum trabalho do colégio. Ela pergunta:

– Você sabe em quem seus pais vão votar?

A amiguinha responde:

– Não… por que, você sabe? A gente não pode votar mesmo….

Pois bem, pré-adolescentes não votam, mas podem aprender sobre a importância das eleições e sobre como escolher os candidatos. Minha filha, apesar de não votar, já foi instruída a entrar nas páginas da internet – coisa que nessa idade eles adoram! – e conhecer os candidatos em quem vou votar. Minha filha fez isso. Até aí é bem fácil. A parte mais difícil, e interessante, é que eles começam a perguntar acerca das nossas escolhas e até a problematizá-las.

Então, acontece o que eu chamaria de reaprendizado cidadão: é o momento onde temos que repensar o porquê de nossas escolhas e, inclusive, justificá-las aos nossos filhos, votantes do amanhã.

Nesse processo, ganham os pais, que avaliam de forma crítica suas escolhas já que precisam justificá-las; ganham os filhos, que aprendem sobre os requisitos importantes para a escolha de um candidato e se aproximam do processo democrático; e ganha o futuro do país, que vai encontrar eleitores e eleitoras cada vez mais participativos e críticos.

Assim, amigos, não existe idade certa para aprender a escolher nossos representantes. Até aí, tudo bem: quero dizer que devemos ensinar os filhos a pesquisar e analisar os candidatos, e não há maior dificuldade nisso. Mas fica a questão: estamos preparados para justificar nossas escolhas? As justificativas apontam para uma postura cidadã?

*Giovana Perlin é Doutora e Mestra em Psicologia pela Universidade de Brasília, Diretora de Igualdade de Gênero do Sindilegis e Analista de Recursos Humanos da Câmara dos Deputados.

Este post tem 2 comentários

  1. Caro Sr. Ziller,
    Concordo com Giovana Perlin, porém, no momento é usar todos os recursos para também conscientizar você e todos os que são candidatos, para que se eleitos, possam não só cumprir suas metas, mas também, responder por àqueles que em vocês confiaram e os colocaram em cadeiras importantes para responder e trabalhar por todos, inclusive, para vocês mesmos, afinal, todos nós somos cidadãos e temos não só direitos, mas deveres cíveis e humanos.Votarei em você, em primeira instância, confesso que foi por não querer votar no azul nem no vermelho e também, porque votarei na Marina. Mas aqui, não votarei em você por estar votando na Marina, e sim, por estar te dando o meu voto!

    1. Que bom, Karla, agradeço o apoio. Espero fazer um mandato realmente participativo, e voltado para a coletividade. Farei de tudo para honrar a confiança depositada em mim.

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