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Conservando o Cerrado

Por Adriana Ramos*

O governo brasileiro lançou, finalmente, esta semana, o Plano de Ação Interministerial para Prevenção e Controle do desmatamento e das queimadas no bioma Cerrado. O Plano já era aguardado por toda a comunidade ambientalista que atua nessa região, já que o Cerrado registra o mais acelerado ritmo de desmatamento entre os biomas brasileiros e já teve quase metade (48%) de sua vegetação nativa destruída. As ações do Plano vão contribuir para que o Brasil cumpra o compromisso de reduzir em 40% as emissões de CO2 pelo desmatamento no Cerrado até 2020.

O Plano segue a experiência bem sucedida da Amazônia, buscando articular diferentes políticas como a criação de novas áreas protegidas, o estabelecimento de uma “lista negra” de até 50 municípios críticos, um sistema de monitoramento por satélite em tempo real e a recuperação de pastagens degradadas. As ações de recuperação serão focadas em 20 municípios prioritários, principalmente na Bahia, no Piauí e em Mato Grosso. Uma das ações mais efetivas implementadas na Amazônia, o corte de crédito a produtores que não respeitam a legislação ambiental, entretanto, dependerá de resolução do Conselho Monetário Nacional.

Aqui no DF o efeito da ocupação desordenada das áreas rurais é ainda mais visível essa época do ano, quando as queimadas se proliferam trazendo enormes prejuízos à toda a sociedade. A conservação do Cerrado é de fundamental importância para milhares de comunidades que vivem da exploração de seus recursos naturais, a exemplo dos artesãos que trabalham com as flores do Cerrado, e também para nossa qualidade de vida no DF!

* Ambientalista, coordenadora do Grupo de Trabalho de Florestas do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento. Ingressou no PV junto com a Senadora Marina Silva, a quem apoia desde o primeiro mandato. Dirigente nacional do PV.

Este post tem um comentário

  1. Boa iniciativa, esta do lançamento do Plano de Ação Ministerial para Prevenção e Controle do desmatamento no Cerrado. Só que não vai ser fácil manter esse controle: o cerrado tem-se mostrado mais vulnerável ao avanço do agronegócio do que a floresta amazônica. Toda vigilância é pouca!

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