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Não se animem, PSDB e PSB

Creio que FHC, com toda sua capacidade, sabe bem que a queda de Dilma não significa necessariamente a oportunidade esperada pelos peessedebistas. Não sei avaliar se Eduardo Campos tem essa mesma capacidade de análise e consegue compreender o momento. O vento que sopra não traz boas notícias para os postulantes a candidatos à Presidência do Brasil.

O repúdio a Dilma, nesse momento, significa o descontentamento com um modelo que faliu, e não contra ela, especificamente. A sociedade que acordou parece estar percebendo que a troca de nomes mantendo-se os mesmos modelos de ocupação do poder e administração do Estado não vai nos levar a lugar algum diferente deste em que nos encontramos.

Não venham se apresentar, Aécio e Eduardo, como opções legitimadas pelas manifestações das ruas – vocês não são. Aécio e Eduardo representam mais do mesmo, com roupagem diferente. Isso não nos agrada, nem um pouco.

A agenda mínima para dirigentes e representantes em uma nação passa pela compreensão de dois conceitos básicos, muito simples. O primeiro, é que a representatividade não se trata de um cheque em branco do eleitor, pelo contrário, trata-se de um comissionamento, de uma função a ser exercida a favor do representado. O segundo, que a ocupação do cargo público sempre deve ser feita tendo-se em mente que a obrigação primeira é servir ao cidadão, daí a denominação “servidor público”.

Uma vez que esses conceitos estejam interiorizados, e sejam perseguidos, os modelos políticos produzirão o resultado necessário.

A agenda mínima para dirigentes e representantes brasileiros incluirá, ainda, a busca incessante pela diminuição da desigualdade no País. Nossa realidade é aviltante.

Se os programas de partidos e candidatos forem construídos sobre essas bases haverá esperança para o cidadão.

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