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Ministro Padilha, mais R$ 45 bi?

Ministro Padilha, você parece ter bom senso, de onde tirou essa ideia de pedir mais R$ 45 bi para a Saúde?

 Wildo é um grande amigo meu. Fundou a Associação Missionária Evangélica Vida (AMEV) lá pelos idos de 1983. O propósito era ajudar na recuperação e reinserção social de moradores de rua. Comecei a atuar na entidade em 1985.

Com a finalidade de levantar recursos para a AMEV, Wildo começou a divulgar o trabalho em igrejas. Primeiro na região de Anápolis, onde fica a AMEV, depois nas vizinhanças, outros estados e até em outros países. As pessoas que desejavam colaborar financeiramente preenchiam uma ficha de compromisso.

Depois de alguns anos de trabalho desgastante, Wildo sofria com a falta de recursos e ficava pensando no que estava errando. Pediu orientação a Deus. Uma noite, sonhou que estava carregando um saco sem fundo, tudo o que colocava dentro saia por baixo.

No outro dia pela manhã, foi até o setor da AMEV que cuidava do relacionamento com as contribuintes. Ali descobriu que muitas fichas não eram devidamente cadastradas, alguns contribuintes não recebiam cobranças, enfim, não havia organização adequada e grande parte do esforço feito para levantar fundos se perdia por falta de controle.

Numa escala muito amplificada, Ministro Padilha, o problema do Wildo é o seu. Não adianta por mais R$ 45 bi num saco sem fundo.

Vou lhe dar a receita para consertar a Saúde com R$ 1 bi, não mais do que isso. Reative o Denasus. Ao longo dos próximos anos, equipare os salários dos auditores do Denasus com os da CGU. Componha um contingente de 7 mil auditores. Coloque pelo menos 1 para cada Município brasileiro. Faça fiscalizações constantemente. Crie um mecanismo de intervenção nos Municípios onde forem detectadas irregularidades, sem que seja interrompida a prestação dos serviços.

Se quiser detalhar mais o projeto, é só me convocar e ao pessoal do IFC, nós ajudamos voluntariamente.

Só R$ 1 bi, Ministro, não mais do que isso.

 

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