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Os dois riscos da volta da CPMF

Quando Adib Jatene conseguiu emplacar a CPMF ganhou mas não levou: a nova contribuição foi, de fato, para a Saúde, mas as antigas fontes de financiamento foram redirecionadas, e a conta para a Saúde não mudou. Esse é o risco nº 1.

O segundo é mais grave: muito dinheiro da Saúde hoje vai para o ralo, por falta de controle. Saúde municipalizada demanda estruturas de controle ágeis, bem equipadas, bem preparadas – isso não existe hoje. A CGU sorteia os municípios nos quais vai fazer fiscalizações à base de 500 por ano, no máximo. Ou seja, passa hoje em Santa Rita do Passa Quatro e vamos ver passar mais uns dez anos antes que volte lá. O TCU não vai. O Denasus foi desmontado.

Se o dinheiro está indo para o ralo o que vamos ter é mais dinheiro indo para mais ralos.

Se houver um projeto sério de reestruturação do Denasus com a volta da CPMF acreditarei que se trata de algo sério. Se não houver, os riscos de desvios aos milhões é enorme.

Este post tem um comentário

  1. É por causa dessa insegurança que sou contra a volta da CPMF. Na verdade, não se precisa de mais impostos. Nem mesmo para a saúde. Basta carrear para ela o que ela precisa. Trabalhamos cinco meses do ano para pagar impostos. Se não é o suficiente, é porque tem gente roubando. Antes de criar mais impostos, é preciso que o governo tampe os ralos. Ou as fossas.

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