Dê uma olhada nas propostas feitas pelos candidatos a um cargo legislativo: quase todos dizem que, se eleitos, vão tomar atitudes que, na verdade, competem ao Governador ou ao Presidente. Tem gente que vai resolver os problemas dos ônibus. Outros vão tocar obras. Outros vão criar programas sociais.
Trata-se de desconhecimento completo do que seja a competência de um parlamentar, ou um conhecimento completo das relações excessivamente próximas entre os poderes executivo e legislativo. De um lado, os candidatos parecem não saber que suas duas principais funções seriam legislar e fiscalizar o poder executivo. De outro, parece que eles já entenderam que é possível participar ativamente do Governo, mediante acordos de troca, que podem viabilizar alguns daqueles projetos.
Ao escolher um candidato a uma instância do poder legislativo, veja se ele tem uma noção – minima que seja – das responsabilidades que envolvem o cargo. Não mande para a Câmara dos Deputados ou para a Câmara Legislativa quem pleiteia o cargo porque é bom de obra…
Fernando Fernandes de Oliveira
14 ago 2010É brincadeira mas é exatamente isso que ocorre. As pessoas desconhecem as funções de um legislador. E eu ainda tenho que ouvir aqueles que dizem que eu tenho que votar em um candidato da cidade, pois se não for assim, como é que o dito candidato, quando eleito, vai trazer alguma coisa para a minha cidade.
Ziller
14 ago 2010Pois é… A ideia de República inclui três poderes distintos, cujas competências incluem contrapesos que não deveriam permitir que um deles se sobrepusesse aos outros. No nosso país, o mito da governabilidade acabou com a fronteira e a definição de competências distintas entre o Executivo e o Legislativo. Assim, o deputado afirma que vai fazer obra, e o chefe do Executivo é o Legislador mor…