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Corrupção é problema moral?

Sim, claro que é…

No entanto, na arena pública, não se luta contar esse câncer com propostas ou discursos moralizadores. Isso funciona – e deve ser feito – dentro de casa. No âmbito público, e no político em particular, a questão da corrupção deve ser tratada pensando-se nas organizações, nos órgãos públicos que são responsáveis pelo controle das contas públicas. Como está configurado esse sistema? Como funciona? Como se relacionam esses órgãos? Eles estão aparelhados de maneira adequada para a função que realizam?

Nessas perguntas, coloco algumas pistas para os debates que devem ser feitos, quando existir uma real vontade política de se combater esse mal.

Uma outra abordagem necessária, e que já detalha um pouco o que foi esboçado acima, tem a ver com o papel do Parlamento – das Câmaras e do Senado – no exercício do controle dos recursos públicos, conforme determina a Constituição Federal de 1988. Não preciso apresentar maiores evidências de que os parlamentares têm deixado de lado a execução dessa sua competência, o exercício de sua responsabilidade de fiscalizar as ações do Poder Executivo.

Um candidato ao Parlamento precisa ter tais informações, conhecer essa realidade. As mudanças de que necessitamos podem ser difíceis de serem executadas, mas tem a ver com questões básicas: nesse caso, o parlamentar (e nós, candidatos, futuros parlamentares) deve conhecer as atribuições que a lei lhe confere.

Este post tem 2 comentários

    1. Caro Gustavo,

      A campanha vai bem, parece que há um certo despertamento de pessoas que, até agora, não tinham percebido a relevância de participar de maneira decisiva das atividades político partidárias e eleitorais.

      O tema da corrupção ganhou destaque no DF em função das peripécias de Arruda e alguns Deputados Distritais na Caixa de Pandora.

      O artigo está certo: a conta final da corrupção prejudica a todos. No setor privado, como notado ali, existe um movimento coordenado contra a corrupção, o que permite que o empresário íntegro não se sinta sozinho numa selva cheia de perigos. No âmbito público, a CGU realiza movimentos esquizofrênicos: busca lutar em alguns âmbitos, mas não pode mexer demais porque prevalece o mito da governabilidade (a esse respeito escrevo no post de hoje).

      Abraços!

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